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Caros amigos visitantes e seguidores deste blog que trás até aos nossos corações luz e compreenção sobre a vida. É com o coração aberto de alegria que me apresento sou Bodichita Ananda, sou com imensa alegria um Sannyasim de Bhagwan Osho, estou na luta pelo reencontro comigo e meus potências internos como assim dizia Osho, atrávez de seus ensinamentos e verdades. Quem desejar entra em contatos para cursos e palestras este é meu e-mail pessoal: energy.yoga@hotmail.com recebam as benção de nosso amado Osho... Jai osho!

domingo, 2 de setembro de 2012

Torne-se um Bambu Oco

 A meditação é uma maneira de a um acordo com a própria solidão, ter um encontro com a própria solidão -  em vez de fugir dela, mergulhar fundo nela e perceber exatamente como ela é. Então você terá uma surpresa. Se você penetrar na sua solidão, ficará surpreso: no próprio centro dela, ela não é solidão. Aí reside a solitude, que é um fenômeno totalmente diferente.
 A circunferência consiste na solidão, e o centro consiste na solitude, a circunferência consiste em estar solitário e o centro consiste na solitude. E depois de conhecer sua bela solitude, você será uma pessoa totalmente diferente - você nunca se sentirá solitário. Até mesmo mesmo nas montanhas ou no desertos, onde estará absolutamente sozinho, você não se sentirá solitário - porque em sua solitude, você sabe que Deus está com você; em sua solitude, você está tão profundamente enraizado no divino que não se importa se há ou não outras pessoas com você. você está tão repleto, tão rico por dentro...
 No momento, mesmo na solitude você está solitário. E estou dizendo: se você conhecer sua solitude, até mesmo na solidão não estará solitário.
 Então, a pessoa começa a transbordar como uma fonte. A partir dessa solitude, surge a fragrãncia do amor, e a partir desta solitude, surge a criatividade - porque a partir desta solitude, Deus começa a fluir. Você se torna um bambu oco...Ele começa a cantar, mas  canção sempre é dele.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Você não é aquilo que vivencia

  É importante lembrar que, não importa o que venha a encontrar em sua jornada interior, você não será isso.
  Você é aquele que esta testemunhando - mesmo que não seja nada, que seja a felicidade ou silêncio -, mas não pode se esquecer de uma coisa: por mais linda e encantadora que seja a sua experiência, você não é aquilo.
  Você é aquele que está tendo a vivência e, se continuar seguindo a diante, o ponto final da viagen será o ponto em que não restará nenhuma sensação - nem o silêncio, nem a felicidade, nem nada. Não há outro objeto se não sua subjetividade.
  O espelho está branco. Não está refletindo nada. Ele é você.
  Até mesmo os grandes viajantes do mundo interior se deixaram prender por belas sensações e se identificaram com elas, pensando: "Eu me encontrei". Pararam antes de alcançar a etapa final, em que todas as sensações desaparecem.
  A iluminação não é uma sensação. É o estado no qual você fica absolutamente só, sem nada para conhecer ou saber. Não há outro objeto a ser observado, por mais bonito que seja. Apenas nesses momentos a sua consciência, livre de qualquer objeto, se volta para fonte.
 Tornar-se a realização pessoal. Tornar-se a iluminação
 É preciso falar sobre a palavra "objeto". Todo objeto representa um obstáculo. O próprio significado da palavra é obstáculo, objeção.
 O objeto pode estar fora de você, no mundo material, ou pode estar dentro, no seu mundo psicologico. Os objetos podem estar em seu coração, podem ser sentimentos, emoções, sensações, humores, e podem estar até mesmo em seu mundo espiritual. Pode provocar tamanho êxtase que não seja possível imaginar algo maior. Muitos místicos do mundo pararam neste êxtase. É um lugar bonito, um belo cenário, mas eles ainda não haviam chegado a onde deveriam.
 Quando você chega a um ponto em que todas as sensações estão ausentes, em que não há nenhum objeto, então a consciência desobstruída gira em círculos - na existência, quando não há obstáculos, tudo se move em círculos - ela vem da mesma fonte do seu ser, retorna a ela. Não encontrando nenhum obstáculo, ela se move para trás.
 Foi o que disse J. Krishnamurti disse durante sua vida inteira: quando o observador se torna o observado, deve saber que chegou lá. Antes disso há milhares de coisas no caminho. O corpo produz as próprias sensações, que ficaram conhecidas como as sensações dos centros da Kundalini: 7 centros que  se tornam 7 flores de lótus. Cada centro é maior que o outro e mais alto, e a fragrância é embriagante. A mente te dar espaços grandes, ilimitados, infinitos, mas lembre-se da máxima fundamental: isso ainda não é seu lar.
 Aprecie a viagem e todas as cenas que surgirem ao longo do  caminho - as árvores, as montanhas, as flores, os rios, o sol, a lua e as estrelas -, mas não pare em lugar nenhum enquanto sua própria subjetividade não houver se tornado o objeto de si mesmo. Quando o observador é observado, quando o conhecedor é conhecido, quando o vidente for o visto, você terá chegado em casa.
 Essa casa é o verdadeiro templo pelo qual temos procurado em vidas seguidas, mas do qual nos perdemos, pois nos satisfazemos com experiências bonitas.
 Aquele que procura e que tem coragem precisa deixar para trás toda essas experiências bonitas e seguir em frente. Quando todas as experiências se  esgotam e apenas você permanece, em sua solidão, não há êxtase maior, felicidade mais completa ou verdade mais verdadeira. Você terá chegado ao que chamo de "estado do divino", terá se tornado um Deus.



terça-feira, 7 de agosto de 2012

Amor, a fragrãncia da meditação

   Se começar a meditar, cedo ou tarde você descobrirar o amor. Se começar profundamente, cedo ou tarde começará a sentir surgir um enorme amor, um amor que  nunca sentiu antes - uma nova virtude para seu ser, uma nova porta aberta. Você terá se tornado uma chama e desejará compartilhar.
   Se amar profundamente, logo se dará conta de que seu amor está ficando cada vez mais contemplativo. O silêncio passa a ser uma característica sutil dentro do seu ser. Os pensamentos desaparecem e dão lugar aos intervalos...silêncios! Você começa a tocar as suas profundezas.
  O amor o tornará comtemplativo se estiver bem caminhado. A meditação o tornará amoroso se estiver bem caminhado.
  Desejamos um amor que nasça da meditação, não da mente. Esse amor é de que sempre falo.
  Milhões de casais em todo o mundo vivem como se o amor estivesse sempre presente. Eles vivem em um mundo de faz de conta. É claro que não podem ser felizes, pois drenam toda a energia tentando extrair algo de um falso amor que não pode lhes dar aquilo que querem. Daí a frustração, tédio contínuo, o frequente mal-estar, a briga entre os amantes. Ambos insistem em fazer de seu relacionamento algo que seja eterno, o que não é possível. Esse amor veio da mente e a mente não pode lhe dar nenhum vislumbre eterno.
  Primeiro entre em meditação, porque o amor vem da meditação -  o amor é a fragrância da meditação. A meditação é a flor, o lótus de mil pétalas. Deixe-a desabrochar.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Carismos irmãos e amigos que seguem estas palavras de luz do mestrte Osho, estarei retomando nossos textos com novidades apartido do mês de Agosto. Um forte abraço!

                   Jai Osho!

sábado, 12 de maio de 2012

Historia do Ebrahim


 
                                 
Qual quer coisa que você obtenha deste mundo lhe será arrancado. Você já observou o fato de que na realidade, não pode possuir nada neste mundo? Você simplesmente pensa que possui - mas tudo já estava  aqui antes de você chegar, era propriedade de outra pessoa. Logo você não estará mas aqui, mas as coisas 
estarão, e alguém possuirá. Sua possessão é apenas um sonho: algumas vezes, está aqui, outras não está

HISTÓRIA

Isto aconteceu: havia um rei chamado Ebrahim. Uma noite ele ouviu um barulho em seu telhado, alguém estava caminhando por lá. Então ele peguntou:
- Quem está aí?
O homem respondeu:
- Não me incomode. Meu camelo se perdeu e estou procurando por ele. Seu camelo estava perdido no telhado do palácio!
Ebrahim riu e disse: 
- Seu louco! Desça daí! Camelos nunca se perderam no telhado dos palácios. Vá pra casa!

Mas dai ele pôde dormir porque era um homem de contemplação. Ele pensou:
- Talvez o homem não esteja louco, talvez tenha dito alguma coisa simbolicamente; talvez seja um grande místico, porque a voz era tão especial ao dizer "Não me incomode", havia tanta consolação e silêncio nela. A voz era tão musical e harmônica que não poderia vir d um louco. E  ao dizer "Meu camelo se perdeu e estou procurando por ele", a voz era tão penetrante, parecia estar querendo indicar alguma coisa. Esse homem tem de ser encontrado amanhã! Quero ver quem é - se é doido ou se é um louco de DEUS; se estava no telhado apenas por loucura ou se foi enviado particularmente a mim, para me dar alguma mensagem.

O Rei não pôde dormir a noite toda. Pela manhã enviou seu cortesões para encontrar um homem que possuía aquele determinado tipo de voz. Mas toda a capital foi vasculhada e o homem não pôde ser encontrado. Como é possível encontrar um homem apenas pelo seu timbre de voz? É difícil!

Então, justamente ao meio-dia, houve uma grande precipitação no portão do palácio. Um faquir, um mendigo havia aparecido e dito ao porteiro:
- Deixe-me entrar. Quero ficar alguns dias neste sarai, nesta hospedaria.
O porteiro disse:
- Isto aqui não é uma hospedaria, não é um sarai - é o palácio do Rei, sua própria residência!
Mas o faqui disse: 
- Não! Sei muito bem que isso é uma hospedaria: os viajantes vêm, ficam por algum tem e se vão. Ninguém reside aqui. Deixe-me entrar; falarei com o Rei. Ele parece um homem bem tolo.

Isto chegou aos ouvidos do Rei que mandou entrar. O Rei estava furioso e disse:
- O que está acontecendo?
O homem disse:
- Ouça! Eu vim aqui há algum tempo e outra pessoa estava sentada no trono. Ele era um homem tão tolo quanto você porque pensava que esta era a residência dele. Agora você esta pensando a mesmo coisa, está pensando que esta residência é sua!

O Rei disse;
- Não seja estúpido! E não se comporte de um modo tão incivilizado - ele era meu pai e agora está morto.
O faquir disse:
- E eu lhe digo que virei novamente e não o encontrarei aqui. Alguma pessoa estará em seu lugar. Será o seu filho e me dirá: Esta é a minha residência! Que tipo de residência é esta? Onde as pessoas vêm e vão - eu chamo de hospedaria para viajantes.

A voz é reconhecida! O Rei disse:
Então você é o louco que estava procurando pelo camelo no telhado!

O faquir disse:
- Sim, eu sou o louco e você também o é: quando alguém está a sí mesmo na riqueza, está procurando por um camelo no telhado!

O Rei desceu de seu trono e disse ao faquir:
- Você pode ficar neste sarai, mas eu tenho que ir. Eu estava aqui porque pensava que era uma residência, que era um lar. Se não é um lar, então preciso procurar por um, antes que seja muito tarde!

Ebrahim tornou-se um mistico por seu próprio direito. E quando tornou-se um homem conhecido, transformou-se num homem realizado, resolveu do lado de fora da capital - da sua própria capital. Uma vez que esta tinha sido sua propriedade, mas agora era apenas um sarai , ele ficava do lado de fora.

Quando alguém passava e perguntava:
- Onde é o basti? 
Basti significa cidade: mas a palavra é muito bonita, significa onde o povo reside - Ebrahim lhes mostrava o cemitério. Ele dizia:
- Vá pela direita e encontrará o basti onde as pessoas residem.

As pessoas iam. Quando voltava, depois de algum tempo, estavam furiosas e diziam:
- Que tipo de homem você é? Nós perguntamos sobre a basti , a cidade , o lugar onde as pessoas moram - e você nos mandou para o cemitério!

Ebrahim ria e dizia:
- Então nós usamos termos diferentes para designar as coisas - porque é no cemitério que a gente entra e mora para sempre. Ele é o verdadeiro basti, a residência permanente onde suas roupas nunca mudam porque você está la para sempre e sempre. Neste caso, você não está perguntando pelo verdadeiro basti, está perguntando por esta cidade que é um cemitério, onde as pessoas estão enfileiradas apenas para morrer.

Chegou a vez de alguém hoje, a de outra amanhã, a de outra mais depois de amanhã - mas todos estão esperando apenas para morrer! E você chama isto de basti? Você chama isto de lugar onde as pessoas residem? Eu chamo isto de marghat, cemitério, onde as pessoas estão esperando simplesmente para morrer, onde nada existe, exceto a morte.














          








                          

terça-feira, 1 de maio de 2012

Meditar significa fecha os olhos, não olhar para o reflexo



O ponto a ser entendido é por que acumulamos coisas. Deve haver uma profunda razão porque a verdade é tão clara e mesmo assim continuamos. Ninguém ouve Buda ou Jesus e mesmo quando ouve, quando sente que os compreende, nunca os segue. Assim, Buda e Jesus são negligenciados e você continua em seu caminho. Algumas vezes, a duvida surge, mas isso é tudo ; novamente você se acomoda e segue seu próprio          caminho. Deve haver algo muito enraizado que mesmo Buda e Jesus não possa sacudir, não possa arrancar. O que é isso que esta tão enraizado?

Nós existimos aos olhos dos outros: nossa identidade consiste na opinião dos outros: os olhos dos outros são o espelho, olhamos para a nossa face nos olhos dos outros. Este é o obstaculo, o problema- por que os outros não podem ver o seu ser interno. O seu ser interno não pode ser refletido em nenhum espelho, seja ele qual for. Apenas o seu exterior pode ser refletido; os reflexos são apenas do exterior, do físico. Mesmo que você fique diante de um espelho, apenas a sua parte física poderá ser refletida. Nenhum olho poderá refletir a sua parte interior.

Então, os olhos dos outros refletem sua riqueza, suas façanhas no mundo, suas roupas; eles não podem refleti-lo. E quando você vê que os outros pensam que é pobre- isso significa que não tem boas roupas, uma boa casa, um bom carro- você começa a dirigir coisas. Você acumula apenas para ver sua riqueza nos olhos  dos outros. Então os olhos dos outros começam a refletir que você esta enriquecendo cada vez mais, que ganhando poder e prestigio. Sua identidade consiste em reflexos, mas os outros só podem refletir os objetos-não podem refleti-los.Por causa disso, a meditação é muito, muito necessária.

Seja o que for que esses olhos reflitam, eles o impressionam.Se todo o mundo disser que você é um homem bom, começará a sentir-se bom. Se todo o mundo pensar que você é um homem mau, começará a sentir-se mau. Se todo o mundo disser que esta doente, começará a sentir que esta doente.Sua identidade depende dos outros, é uma hipnose através dos outros. Entre na solidão -- viva com outros mas não esgote a si mesmo com os outros.

Fique com os olhos fechados pelo menos uma hora por dia. Fechar os olhos significa estar  fechado para o social; quando nenhuma sociedade existe, apenas você pode encarar a si mesmo diretamente. Uma vez por ano vá por alguns dias para as montanhas, para o deserto, para onde não houver ninguém, exceto você e veja a si mesmo com é. Essa hipnose é a razão pela qual você continua influenciando os outros, impressionando os outros. O essencial não é viver ricamente, o essencial é dar impressão aos outros de que você é rico - mas estas são duas coisas completamente diferentes.

Os outros ficam impressionados com você. Se você encontrar Alexandre com roupas de mendigo, não o reconhecerá, mas se encontrar o mendigo que sempre esteve pedindo esmolas em ruas sentado em um trono como Alexandre, cairá a seus pés e o reconhecerá .

HISTÓRIA

Certa vez, um grande poeta Urdu Ghalib, foi convidado pelo imperador para jantar. Muitas ouras pessoas foram convidadas, quase quinhentas. Ghalib era um homem pobre, é muito difícil um poeta ser rico -- rico aos olhos dos outros.
Os amigos sugeriram:
- Ghalib, é melhor você pedir roupas, sapatos e um bom guarda-chuva emprestados. O seu guada-chuva  esta tão estregados, o seu casaco desbotado. E com essas roupas e esses sapatos com tantos buracos você não terá uma boa aparência !
Mas Ghalib disse:
- Se eu pedir alguma coisa emprestada, me sentirei desconfortável por dentro porque nunca pedi nada emprestado a ninguém - tenho sido independente , tenho vivido por meus próprios recursos. Quebrar um hábito de toda a minha  vida apenas por um jantar não é bom.
Assim ele foi para a corte do Imperador com suas próprias roupas. Quando apresentou seu convite ao porteiro, o homem olhou para ele, riu e disse:
- De onde você roubou isso ? Vá embora daqui imediatamente. Senão você será preso !
Ghalib não podia acreditar. Ele disse:
- Eu foi convidado !Vá perguntar ao Imperador !
O porteiro disse:
- Todos os mendigos pensam que foram convidados ! Você não é o primeiro, muitos outros vieram bater na porta antes. Fuja daqui ! Não fique aqui porque  os guardas logo estarão chegando !
Assim, Ghalib foi embora. Seus amigos sabiam que isso iria acontecer, por isso tinham arrumado um casaco, sapatos, e um guada-chuva para ele - coisas emprestadadas. Então ele colocou os objetos emprestados e voltou. O porteiro inclinou-se e disse:
- Entre
Ghlib era um poeta muito conhecido e o  Imperador amava sua poesia, então ele foi colocado justamente ao lado do imperador. Quando o banquete começou, Ghalib fez uma coisa estranha  e o Imperador pensou que ele estivesse louco - começou a alimentar o casaco dizendo:
- Coma isto, meu casaco, afinal foi você que entrou não eu.
O Imperador disse:
- O que você esta fazendo Ghalib? Ficou maloco?
 Ghalib disse:
- Não - quando eu vim pela primeira vez não me deixaram entrar. Depois, este casaco vei e entrou - só estou aqui por que ele não podia vir sozinho - se fosse ele, eu não poderia ter vindo !

Mas isso esta acontecendo em todo o mundo - não é você mas o seu casaco que é reconhecido pelos outros; assim, você fica enfeitando-o, fica colocando adornos em si mesmo.

A meditação é necessária para que haja um rompimento entre você e os olhos dos outros, os espelho dos outros. Esqueça-os ! Por alguns minutos, olhe apenas para dentro - e sentirá uma dor, um sofrimento interno por esta vazio. Neste momento, a transformação terá inicio: você começará a olhar para riqueza interior,  para o tesouro que existe dentro de você - não para os tesouros que se dispersam ao seu redor.
 


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Dalógo entre Osho e Satya Priya

 Satya Ppriya ( uma jovem mulher americana) Estive no Nepal por 2 meses. Quando sai daqui após o dia da iluminação, senti-me aberta e muito bem. Então, essa energia transformou-se e eu me senti muito medrosa, muito paranóica. Ainda estou sentindo medo das pessoas, medo de estar perto delas.


  Pode acontecer algumas vezes de, ao se sentir repentinamente aberta, você começa a sentir o medo chagando. Abertura é vulnerabilidade. Quando você esta aberta, senti que algo errado pode penetrá-la ao mesmo tempo. Isto não é apenas um sentimento, é uma possibilidade.
 É por isso que as pessoas são fechadas. Quando você abre a porta para o amigo, o inimigo também pode entrar. As pessoas muito espertas fecharam suas portas.. Para evitar o inimigo, elas não abrem a porta nem para os amigos. Mas então suas vidas tornam-se mortas.
 Oque é o inimigo? Você disse que o inimigo também pode entrar?
 É apenas uma ideia, uma ideia de que algo errado pode entrar em você. Não existe nada que  possa acontecer, porque basicamente não temos nada a perder -- e o que temos não pode ser perdido. O que pode ser perdido não vale a pena guardar. Quando esta compreensão torna-se tácita, a pessoa permanece aberta.
 Deixe que o vento entre, deixe que o sol entre -- e tudo é bem vindo. Quando você se sentir harmoniosa para viver com o coração aberto, nunca mais se fechará. Mas um pequeno tempo deve ser dado para que isso aconteça. Você foi embora imediatamente após o dia da iluminação, portanto deve ter se sentido muito aberta. Isto pode acontecer nesses dias. É por isto que insisto para que as pessoas fiquem aqui nesta época. Você pode entrar na onda e alguma coisa se abrir. Mas então você precisa manter esta abertura, do contrário se fechará novamente.
 Apenas o medo deve ser temido, e mais nada.. E as pessoas não têm medo do medo; elas têm medo de mil e uma coisa. Mas o medo é o único inimigo, porque com o medo você começa a ficar aleijado. Você para de se mover, de se expandir, de se conectar, de se relacionar, por causa do medo.
 Você não ama as pessoas porque, porque isto será um compromisso, um envolvimento, então você se mantém á parte, permanece distante -- nunca vai para dentro de modo que você nunca possa sair. Se você não permitir que alguém toque seu coração, como será capaz de tocar o coração de alguém? Assim as pessoas conservam-se protegidas, na defensivas. (...)
  Portanto, durante algum tempo permaneça alerta. Quando você se sentir aberta, tente desfrutar disso. Esses momentos são raros. Quando a experiência existir sólidas em suas mãos, você poderá abandonar o medo. Poderá dizer que ele é absurdo.
 Pense numa árvore. Você pode trazer a árvore para dentro de casa e, de um certo modo, ela estará protegida, o vento não soprará tão fortemente sobre ela. Quando as tempestetades estiverem tão furiosas lá fora, ela estará fora de perigo. Mas não haverá nenhum desafio. Você poderá colocar a árvore numa estufa, mas pouco a pouca ela começará a se tornar pálida, não será verde. Alguma coisa no seu interior  começará a morrer -- porque o desafio da forma a vida. (...)
 A alma só surge  através do combate.
 Quando as coisas são muito fáceis, você começa a se dispersar. Pouco a pouco, você se desintegra, porque a integração deixa de ser necessária. Você se torna igual a uma criança mimada. Portanto quando isso acontecer, viva corajosamente. E estou aqui.
 Esse é o único motivo de eu estar aqui -- para ajuda-la a ser corajosa, para inspira-la nos momentos em que, se estivesse sozinha, se fecharia; para empurra-la em direções nas quais voluntariamente você não iria...para empurra-la além de si mesma e ajuda-la a expandir seus limites a fim de que, pouco a pouco, comece a acalentar a liberdade. Então, um dia virá no qual você abandonará todos os limites e simplesmente se moverá no céu aberto.
 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Primeiro, torne-se valoroso e Ele o encontrará.

  Lembre-se que você não precisa procurar por Deus; Ele virá a você. Primeiro, torne-se valoroso e Ele o encontrará; Ele fará um caminho em sua direção. No momento que alguém, em algum lugar, torna-se cristalizado, toda a energia Divina move-se em direção a ele.  Ele pode alcança-lo através de um iluminado, Ele pode alcança-lo através de um Mestre, de um Guru, pode alcança-lo de milhões de formas. Mas como Ele ao alcançará não é esse o ponto -- isso é problema Dele, não seu. Primeiro, atinga o ego, esteja pronto. individual, então o Universo poderá lhe acontecer.
  Então, mesmo estando cansado, disse a ovelha: " Eu te amo ainda mais que a todas as noventa e nove."
  Deus prefere aquela que se rebelou, os padres dirão: " Que absurdo! Deus prefere aqueles que se extraviam?" Os padres não podem acreditar nisso, mas é assim que acontece. Jesus é a ovelha perdida, Buda é a ovelha perdida, Mahavir é a ovelha perdida. A multidão continua se movendo na sua mediocridade, enquanto Mahavir, Buda e Jesus estão extraviados -- Deus vem em direção a eles.
  Isso acontece sobre a árvore Bodhi, onde Buda estava sentado, perfeitamente individual, com todas as correntes da sociedade, da cultura,da religião quebrada; todas as correntes quebradas, perfeitamente só. Então Deus vem de todos os lugares, de todas as direções, porque Deus está em todas as direções -- e Buda tornou-se Deus. E ele negou que existes um Deus porque erá uma maneira de se extraviar. Ele disse: "Não existe Deus, eu não creio em nenhum Deus." Disse que não existe nenhuma sociedade, nenhuma religião. Negou os Vedas, os sistemas de castas -- Brahmis, Shudras. Negou todas as estruturas de pensamento dos hindus. Ele disse: " Não sou um hindu, e não acredito em nenhuma sociedade, não acredito em nenhuma teoria. A menos que eu conheça a verdade, continuo não acreditando em nada!"
  Ele continuou negando até que chegou um momento em que ficou só, sem nenhum laço, todos absolutamente rompidos. Ele tornou-se uma ilha, absolutamente só. Sobe essa árvore Bodhi, há 25 séculos atrás, Deus veio de todos os lugares para esse homem, para essa ovelhas que tinha se extraviado. E "... mesmo estando cansado disse a ovelha: Eu te amo ainda mais do que as todas as 99." Isto foi também dito a Jesus, só pode ter sido, é uma lei básica. Deus procurou o homem, não o homem a Deus -- o homem deve apenas está pronto.
  E como deve está pronto? Tornando-se individual. Seja um revolucionário! Vá alem da sociedade, seja corajoso, quebre as correntes, todos os relacionamentos. Esteja só e viva como se fosse o centro do mundo! Então, Deus lançar-se-á em sua direção e nesse lançamento seu ego estará perdido, a ilha desaparecerá no Oceano.
  Em primeiro lugar, a sociedade deve ser abandonada, é a mecânica interior: " porque seu ego só pode existe com a sociedade." Se você continuar negando a sociedade, chegará um momento em, que o ego estará só porque a sociedade reforça o ego. Se você continuar negando, as poucos as bases será abandonada. Quando n~]ao existe o "outro", o "eu" não pode existir. No estágio final o "eu" desaparece porque o "outro" foi abandonado, para o "eu" desaparecer. Mas para abandonar o "outro", antes o "eu' tem de se tornar mais definido, mais cristalizado, centrado, belo, poderoso. Então ele é consumido -- está chegando ao Divino.
  Jesus foi crucificado por estas palavras. Ele estava fazendo as pessoas se rebelarem, estava ensinando-as a se extraviarem. Ele dizia que Deus ama aqueles que se extraviam. Os judeus não puderam tolerar isso, erá demais. "Este homem deve ser silenciado. Este homem tem de parar -- está indo longe demais, está destruindo toda a sociedade!" Jesus estava criando toda uma situação que os sacerdotes não poderiam aceitar.
  Ele estava contra toda a multidão -- e a multidão é tudo que está ao seu redor -- e ela entrou em pânico. Eles pensaram: "Este homem é inimigo, está destruindo a base. Sem a multidão, como poderemos sobreviver?...Por está ensinando as 99 ovelhas a se rebelarem, elas se amontoaram mais ainda. E se  você ensina isso, elas se vingam, elas matam o dizem: " Chega, já chega!"
  Nós vivemos numa multidão, somos partes dela. Sós não podemos existir. Não sabemos ser sós, sempre existimos com os outros. O outro é necessário, é uma necessidade. Sem o outro, que seremos? Nossa identidade se perderá.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Osho fala sobre os ensinos de Jesus

..." Jesus disse: ...Andem entre o povo, comam o que colocarem à sua frente e sanem os que estiverem doente. Pois o que entrar pela boca não profana, mas o que sair da boca, isto os maculará."


  Este proverbio é muito significativo. Não se preocupe se a comida não é pura, se um Shudha ( intocável ) o tocou ou se uma mulher menstruada passou por perto e o maculou com sua sombra. A questão não é o que entra, é o que você traz a luz -- porque o que você traz, isto mostra a sua qualidade; como você transforma o que recebe, este é o ponto.
  Um lótus nasce do lodo, o lodo é transformado e transformado em lótus. O lótus nunca diz: " Não comerei deste lodo, ele é sujo!" Não, não é bem isso. Se você é um lótus, nada é sujo. Se você tem a capacidade do lótus, tem o poder de transformar, a alquimia, então, você pode permanecer no lodo e um lótus nascerá. Mas, se você não tiver a qualidade do lótus, mesma que viva no ouro, a penas o lodo sairá de você. O que entra não importa. O que importa é estar centrado no ser. Se você estiver, tudo que entra será mudado, será transformado receberá a qualidade do seu ser e torna se-a público.
 " Certa vez Buda foi envenenado por um alimento estragado, mas isso foi um acidente. Um homem pobre ficou a muitos dias à espera de Buda para convidá-lo para ir a casa. Então, um dia ele veio, cedo, as as quatros horas da ,manhã  , e parou perto de uma árvore onde Buda estava dormindo, para ser o primeiro a convidá-lo -- e ele foi o primeiro. Buda abriu os olhos e Buda e o homem disse:
- Aceite o meu convite! Tenho esperado por muito e muitos dias. Sou um homem pobre e não tenho muito para lhe oferecer, mas há muito tempo sonho com sua visita.
 Buda disse:
- Eu irei.
 Exatamente neste momento, o Rei da cidade vizinha com suas carruagens, seus ministros e um longo séquito, aproximou-se de Buda:
- Venha! Eu o convido ao meu palácio!
 Buda disse:
- Não posso! Meus discípulos irão ao seu palácio, mas eu já aceitei um convite -- este homem chegou primeiro. No momento em que abri meus olhos, ele foi o primeiro a me convidar, assim, irei com ele.
 O Rei tentou persuadí-lo de que isso não seria bom:
- Esse homem o que ele ´pode lhe dar para comer? Seus filhos estão famintos, ele não tem nenhuma comida.
 Buda disse:
- Essa não é a questão. Ele me convidou e eu irei.
 E Buda foi.
 O que este homem tinha feito? Em Bihar e outras partes pobres da Índia, as pessoas apanham muitas coisas na estação das chuvas; tudo o que germina eles colhem. Um tipo de vegetal. o Kukarmutta ( cogumelos), com formato de guarda-chuvas, brota nesta época e eles o colhem, colocam-no para secar e guardam para o ano todo. Esse é o único vegetal que comem -- mas algumas vezes ficam envenenados.
 Assim, esse homem apanhou Kukarmutta para Buda. Ele o secou e preparou, mas quando Buda começou a comer sentiu que estava muito amargo, que estava envenenado. Esse erá o único vegetal que o homem possuía e se Buda dissesse: " Está amargo, não posso comer." O homem ficaria magoado porque não tinha mais nada para oferecer. Assim, Buda continuou comendo sem dizer que o vegetal estava amargo e envenenado. o homem ficou muito feliz. Buda foi embora e o veneno começou a funcionar. O médico foi chamado e disse;
- É um caso muito grave. O veneno entrou na circulação sanguínea e é impossível fazer algo -- Buda morrerá!
 A primeira coisa que Buda fez foi reunir seus discípulos e dizer-lhes:
- Esse homem não é comum, é um excepcional. Minha mãe foi a primeira a me almentar e ele foi o último -- ele é exatamente como minha mãe. Assim, honrem-no porque isso é raro! Um Buda acontece em milhares de anos e apenas duas pessoas têm esta rara oportunidade: a primeira é a mãe; ela auxiliou Buda a entrar no  mundo; a segunda é este homem; ele me auxiliou a entrar em um outro mundo. Por isso, ide e anunciai ao povo que esse homem deve ser venerado -- ele é grande!
 Os discípulos ficaram muito perturbados, porque tinham pensado em matar aquele homem. Quando todo mundo se foi, Ananda disse a Buda:
- Respeitar este gome é demais para nós. Ele é um assassino, ele o matou! Não diga tais coisas. Porque você a diz?
 Buda respondeu:
- Eu o conheço, você poderia mata-lo -- foi por isso que eu disse: " vá e renda-se homenagem, essa é uma rara oportunidade; acontece apenas algumas vezes no mundo: dar a Buda o último alimento."
 Buda recebeu veneno e devolve amor. Isso é alquimia: ele sentio compaixão por aquele homem que quase o matou. Ainda quando é veneno o que se dá a um Buda, apenas o amor pode surgir.







terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Dialogo entre Valmiki e um Ilumionado, e Buda e Angulimala

Valmiki era dacoit, um assassino, vivia de matar. Um instante aconteceu -- ele se iluminou.

 Um Iluminado estava passando e Valmiki, o assassino, um homem que vivia de roubar, assaltou-o. O Iluminado disse a Valmiki:
- O que você quer?
 Valmiki disse:
- Vou roubar tudo o que você tem.
 O Iluminado disse:
- Se você poder fazer isso, ficarei feliz, porque tenho algo mioto interno; roube-o e será bem vindo!
 Valmiki não entendeu, mas disse:
- Estou me referindo somente as coisas exteriores.
 O Iluminado disse:
- Mas eles não ajudarão muito. Por que você está fazendo isso?
 Valmiki respondeu:
- Pela minha família, por causa dela -- minha mãe, minha mulher, filhos -- se eu não fizer, eles morrerão de fome; e eu só sei fazer isto.
 O Iluminado disse:
-  Amarre-me em uma árvore de um modo que eu não possa escapar, e vá dizer a sua mãe, à sua esposa e a ás crianças que você está pecando por eles. Pergunte-lhes se estão prontos para compartilhar do castigo. Quando você estiver diante de Deus, quando chegar o juízo final, estarão prontos para compartilhar o castigo?
 Pela a primeira vez, Valmiki começou a pensar. Disse:
- Você deve está certo, irei perguntar a eles.
 Voltou para a casa, perguntou a sua mulher e ela respondeu:
- Porque eu deveria dividir o castigo contigo? Não fiz nada. Se você erra é responsabilidade sua.
 Sua Mãe lhe disse:
- Porque deveria compartilhar? Sou sua mãe, é seu dever me alimentar. Não sei como conseguir pão. A responsabilidade é sua.
 Ninguém estava pronto para dividir o castigo -- e Valmiki se converteu. Voltou,caiu aos pés do Iluminado e disse:
- Dê-me agora o interno, não estou interessado no externo. Deixe que eu seja um ladrão do interno. porque entendi que estou só e qualquer coisa que eu fizer, a responsabilidade será minha, ninguém irá dividí-la comigo. Nasci só e morrerei só. Tudo que fizer será minha individual, pessoal responsabilidade; ninguém irá compartilhar comigo. Agora tenho de olhar para dentro e descobrir que sou eu. Acabou! Acabei com tudo aquilo que fazia!
 Este homem foi convertido em um segundo.
A mesma coisa aconteceu com Buda: havia um homem que estava quase louco, um assassino louco. Ele fez um juramento de matar mil pessoas, não menos do que isso, porque a sociedade o tinha tratado mal. Ele se vingaria matando mil pessoas. e de cada um que matasse tiraria um dedo e faria um rosário em torno do pescoço -- mil dedos. Por causa disso seu nome passou a ser Angulimala: o homem do rosário de dedos.
 Ele matou novecentos e noventa pessoas. Sempre que as pessoas desconfiavam que Angulimala estava por perto, não passavam pela aquela região, o trafego era interrompido. Então tornou-se difícil parta ele encontrar um homem, e só mais era preciso.
 Buda aproximou-se da floresta. As pessoas vieram das vilas até ele e disseram:
- Não vá! Angulimala, o assassino louco, está lá! Ele não pensa duas vezes, simplesmente mata; portanto, não vai querer saber se você é Buda. Não vá por este caminho, existe outro. Não siga a floresta.
 Buda disse:
- Se eu não for, quem irá? Ele está esperando por Mais um; tenho que ir.
 Angulimala quase cumpriu seu juramento. Era um homem de muito energia porque lutava com toda sociedade: apenas um homem -- e havia matado quase mil pessoas. Os reis, os generais, os governadores, a lei e a polícia -- todos os temiam, ninguém conseguiriam fazer nada. Mas Buda disse:
- Ele é um homem e precisa de mim. Tenho de arriscar. Ou ele me mata ou eu o mato.
  Foi o que Buda fez. Eles se enfrentaram e arriscaram suas vidas. Buda entrou na floresta. Mesmo seus discípulos mais próximos, mesmo o que diziam os que permaneceriam com  ele até o fim, foram ficando para trás -- porque isso é perigoso.
 Quando Buda se aproximou do morro onde Angulimala estava sentado em uma pedra, não havia ninguém atrás dele, estava só. Todos os discípulos haviam desaparecidos. Angulimala olhou este homem, inocente como uma criança, achou-o tão belo que até mesmo ele, um assassino, se compadeceu. pensou: " Esse homem parece não ter consciência de que estou aqui; caso contrário não viria por este caminho". E o homem parecia tão inocente, tão belo que até Angulimala pensou: " Não é bom matar este homem. Deixarei que ele siga, encontrarei outra pessoa.
 Então, disse a Buda:
- Volte! Pare ai mesmo! Não dê mais nenhum passo. Eu sou Angulimala e tenho aqui novecentos e noventa e nove dedos; preciso apenas de um -- mataria até minha mãe, se ela passasse por aqui, para cumprir meu juramento! Portanto não se aproxime, sou perigoso! Não creio em religião, não me importo com quem você seja. Você pode ser um bom monje, talvez um santo, mas não me importa! Só importa o dedo e os eu é tão bom quanto o de qualquer outro!
 Mas Buda continuou andando.
 Angulimala pensou: Ou é este homem é surdo ou louco!
 Gritou outra vez:
- Pare! Não se mova!
 Buda disse:
- Parei há muito tempo, não estou me movendo, Angulimala, é você que esta. Parei  há muito tempo. Todo o movimento parou porque toda a motivação parou. Quando não existe motivação, como pode acontecer o movimento? Não existe nenhuma meta para mim, já atingi a minha, então para que eu irei me mover? É você quem está se movendo -- e eu lhe digo: Pare!
 Angulimala estava sentado na pedra  e começou a rir. Disse:
- Você está mesmo louco! Estou sentado e você me diz que estou me movendo; e você está se movendo e diz que parou. Você é mesmo um tolo, um louco -- ou não sei que tipo de homem você é.
 Buda aproximou-se mais e disse:
- Houvi dizer que você precisa de mais um dedo. No que diz respeito a este corpo, minha meta foi alcançada, não preciso mais dele. Quando eu morrer as pessoas irão queima-lo, não será útil para ninguém. Você pode usa-lo para cumprir seu juramento: corte o meu dedo e corte a minha cabeça. Vim disposto a aproveitar esta chance de meu corpo ser usado de alguma maneira; caso contrário irão queima-lo!
 Angulimala disse:
- O que você está dizendo? Pensei que você fosse o único louco por aqui. Não tente ser esperto porque eu sou perigoso, posso matar você!
 Buda disse:
- Antes de me matar, faça uma coisa, atenda um desejo de um moribundo: corte um galho desta árvore.
 Angulimala bateu sua espada contra a árvore e cortou o galho. Buda disse:
 Só mai uma coisa: junte-o outra vez á árvore.
 Angulimala disse:
- Agora sei perfeitamente que você está louco -- posso cortar mas não posso juntar.
  Então Buda começou a rir e disse:
- Se você pode destruir e não pode criar não deveria destruir porque isso pode ser feito por uma criança, não existe grandeza nisto. Esse galho pode ser cortado por uma criança, mas junta-lo é preciso um mestre. Se você nem mesmo pode juntar um galho de à árvore, como pode cortar a cabeça humana? Você alguma vez já pensou nisso?
 Angulimala fechou os olhos e caio ao pés de Buda, dizendo:
- Leve-me por este caminho!
  Dizem que neste momento ele se tornou iluminado.
 No dia seguinte ele erá um bhikku, um mendigo, um mendigo de buda e mendigava pela a cidade. Toda a cidade se fechou. As pessoas tinham tanto medo que diziam:
- Mesmo que ele tenha se tornado um mendigo, não se pode acreditar nele.
 As pessoas não saiam as ruas. Quando Angulimala foi mendigar, não havia ninguém para lhe dar comida. Quem correria tal risco? As pessoas ficaram na sacada olhando para baixo. E então começaram a atirar pedras nele porque havia matado novecentos e noventa e nove pessoas do lugar. quase toda a família tinham sido vitimadas e, por isso, começaram a apedreja-lo.
 Angulimala caio na rua e o sangue escorreu de todo os eu corpo, ficou muito ferido. Buda aproximou-se com seu discípulos e disse:
- Angulimala como você está se sentindo?
 Ele respondeu:
- Estou grato a você. Eles podem matar meu corpo, mas não podem me tocar -- e foi isso o que eu fis durante toda a minha vida sem nunca perceber.
 Buda disse:
- Angulimala se iluminou, tornou-se um brahmin, um conhecedor de Brahma ( a Realidade Última)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A palavra solitário

  '... 0 pai contra o filho e o filho contra o pai. E ambos permanecerão solitários".


  Esta palavra "solitário" deve ser muito bem entendida. Quando alguém se torna religioso, torna-se um solitário. A sociedade já não existe; ele está só. E aceitar a solidão é uma grande transformação que pode lhe acontecer porque a mente tem medo de estar só, a mente precisa de outras pessoas para se agarrar, para se prender.
  Sozinho, você sente um temor, um medo começa a tomar conta de você; estando só, imediatamente você corre para a sociedade -- ao clube, à conferência, à ceita, à igreja: para qualquer lugar onde encontre a multidão, onde possa sentir que não está só, onde possa se perder na multidão. É por isso que a multidão se torna tão importante: ir à corrida de cavalo,ir ao cinema -- a qualquer lugar onde haja multidão para que você não sinta solitário, para que você possa relaxar.
  Entretanto, um homem religioso é um solitário porque está tentando alcançar o pico mais alto. Ele não se perde nas outras pessoas. Tende de  recordar-se, tornar-se mais cuidadoso, tornar-se mais consciente e alerta -- e tem de aceitar a verdade. E a verdade é está: todos são sós e não existe nenhuma possibilidade de qualquer relacionamento. Sua consciência é um pico solitário e está é a beleza; não há nada a temer. Imagine o Everest no meio de uma multidão de Everest -- toda a sua beleza estaria perdida O Everest é belo e desafiador porque é único, porque é um pico solitário. Um homem religioso é como o Everest: um pico solitário, único, que vive e desfruta disso.
  Isso não significa que ele não se movimente na sociedade. Não significa que ele não ame. Pelo  contrário, só então ele pode amar, só então ele pode se movimentar na sociedade porque só então ele é. Você não é -- então, como pode amar? O religiosos pode amar porque seu amor não é como uma droga que entorpece. Ele não perde. Pode distribuir, pode dar-se completamente e mesmo assim permanecer íntegro. Ele pode dar-se e ainda assim não está perdido porque sua consciência permanece no pico mais interno. E ai, nesse santuário, ele permanece só; ninguém entra, ninguém pode entrar ai.
  No mais profundo centro do seu ser, você é só -- existe a pureza da solidão -- a beleza da solidão.
  Mas você senti medo. Por ter vivido na sociedade -- por ter nascido nela, por se trazido para ela -- esqueceu-se completamente de que também pode ser só. Assim, mover-se alguns dias para dentro da solidão, simplesmente sentir sua solidão, é belo. Depois vá ao mercado, mas leve sua solidão com você. Não se perca, permaneça consciente, alerta.
  Movimente-se na sociedade, caminhe no meio da multidão. Mas esteja só. Se quiser, poderá estar só no meio de uma grande  multidão. Mas se quiser, também poderá estar só no meio de uma grande multidão mesmo estando só. Poderá ir para o Himalaia, ficar lá sentado, e pensar no mercado -- você estará no meio da multidão.
  Certa vez Junnaid veio sozinho procurar por um Mestre que se encontrava sentado em um templo. Ao entrar no templo, o Mestre disse:
- Junnaid, venha só! Não traga a multidão com você.
  Junnaid é claro, olhou para trás porque achou que devia ter mais alguém junto com ele. Mas não havia ninguém. O Mestre riu e disse:
- Não olhe parta trás, olhe para dentro.
  Junnaid fechou os olhos e vil que o Mestre estava certo. Ele havia deixado sua esposa, mas sua mente estava presa nela; havia deixado seus filhos, mais a imagem deles ainda estava presente; e os amigo que tinham vindo despedir-se dele ainda permaneciam em sua mente. O Mestre lhe disse:
- Saia e volte só. Como é que eu posso conversar com toda essa multidão?
  Junnaid teve que esperar fora do templo durante um ano. O Mestre o chamou:
- Agora você está pronto, Junnaid. Entre. Agora você está só e o diálogo é possível. 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Olhe para uma flor e não diga nada.

....Você olha para uma flor, e imediatamente começa a falar:
- Uma bela flor, com nunca vi antes.
 Alguma poesia surge, mas tomada como empréstimo, é claro. A flor é perdida, a clareza não está presente. As palavras a maculam -- você não consegue ver uma flor sem lhe dar um nome? É necessário denominá-la?  O nome que você der à flor auxiliará em alguma coisa? Ela será mais bela se você tiver um conhecimento botânico sobre ela? Esta é a diferença entre um botânico e um poeta: um botânico tem conhece sobre a flor, o poeta conhece a flor. O botânico é simplesmente um ignorante -- sabe muito, mas apenas sobre, apenas na periferia -- o poeta vê.
 Em Sânscrito existe uma só palavra para Rishi e Kavi, para o vidente e o poeta. Não existem duas palavras porque segundo eles sempre que um poeta realmente existe, ele é um vidente; sempre que um vidente existe, ele é um poeta. Quando a clareza existe, a vida se torna uma poesia. Mas para isso você tem de olhar para uma flor sem denominá-la -- ela é uma rosa ou uma flor qualquer?
 Por que as palavras são necessárias? Porque você diz:
- Isto é belo?
 Você não consegue ver a beleza sem dizer nada?
 Olhe para flor e não diga nada. Será difícil, a mente se sentirá inquieta porque já se habituou. Ela vive tagarelando constantemente. Olhe para a flor e faça disso uma meditação! Olhe para uma árvore e não a verbalize, não diga nada! Não há necessidade, a árvore existe -- para quer dizer qualquer coisa?
 Ouvi contar que Lao - tse, um dos maiores místicos chineses, costumava fazer uma caminhada pela manhã, diariamente. Seu vizinho costumava fazer acompanhá-lo, mas com sabia que Lao-Tse era um homem silencioso seguiu-o durante anos nessa caminhada sem nunca dizer nada. Um dia, havia uma visita na casa do vizinho, um hóspede, e ele quis ir também. O vizinho lhe disse:
- Não fale nada porque Lao-Tse gosta de viver diretamente. Não diga nada.
 Eles saíram. A manhã estava bela, silenciosa, os pássaros cantava e só por hábito o hospede exclamou:
- Que beleza.
 Só isso, não erá mito; em uma hora de caminhada, não é muito:
- Que beleza!
 Mas Lao-Tse olhou-o como se ele tivesse cometido um pecado.
 Quando chegaram em casa, ao entrar na porta Lao-Tse disse ao vizinho:
- Não venha nunca mais!E nunca mais traga qualquer pessoas -- esse homem é muito tagarela.
  E ele só disse: "que beleza!".
 Muito tagarela. E Lao-Tse continuou:
- A manhã erá bela, erá silenciosa. Esse homem pertubou tudo.
 "Que bela!" Caiu como uma pedra numa água silenciosa.
 Medite próximo a uma árvore, medite com as estrelas, com o rio. Medite no mercado com as pessoas andando de todos os lados -- não diga nada! Não julgue! Não use palavras! Apenas olhe! Se você puder clarear sua percepção, se você puder capitar a clareza de olhar, tudo será alcançado. E uma vez que essa clareza seja alcançada você será capaz de ver a si mesmo.