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Caros amigos visitantes e seguidores deste blog que trás até aos nossos corações luz e compreenção sobre a vida. É com o coração aberto de alegria que me apresento sou Bodichita Ananda, sou com imensa alegria um Sannyasim de Bhagwan Osho, estou na luta pelo reencontro comigo e meus potências internos como assim dizia Osho, atrávez de seus ensinamentos e verdades. Quem desejar entra em contatos para cursos e palestras este é meu e-mail pessoal: energy.yoga@hotmail.com recebam as benção de nosso amado Osho... Jai osho!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Primeiro, torne-se valoroso e Ele o encontrará.

  Lembre-se que você não precisa procurar por Deus; Ele virá a você. Primeiro, torne-se valoroso e Ele o encontrará; Ele fará um caminho em sua direção. No momento que alguém, em algum lugar, torna-se cristalizado, toda a energia Divina move-se em direção a ele.  Ele pode alcança-lo através de um iluminado, Ele pode alcança-lo através de um Mestre, de um Guru, pode alcança-lo de milhões de formas. Mas como Ele ao alcançará não é esse o ponto -- isso é problema Dele, não seu. Primeiro, atinga o ego, esteja pronto. individual, então o Universo poderá lhe acontecer.
  Então, mesmo estando cansado, disse a ovelha: " Eu te amo ainda mais que a todas as noventa e nove."
  Deus prefere aquela que se rebelou, os padres dirão: " Que absurdo! Deus prefere aqueles que se extraviam?" Os padres não podem acreditar nisso, mas é assim que acontece. Jesus é a ovelha perdida, Buda é a ovelha perdida, Mahavir é a ovelha perdida. A multidão continua se movendo na sua mediocridade, enquanto Mahavir, Buda e Jesus estão extraviados -- Deus vem em direção a eles.
  Isso acontece sobre a árvore Bodhi, onde Buda estava sentado, perfeitamente individual, com todas as correntes da sociedade, da cultura,da religião quebrada; todas as correntes quebradas, perfeitamente só. Então Deus vem de todos os lugares, de todas as direções, porque Deus está em todas as direções -- e Buda tornou-se Deus. E ele negou que existes um Deus porque erá uma maneira de se extraviar. Ele disse: "Não existe Deus, eu não creio em nenhum Deus." Disse que não existe nenhuma sociedade, nenhuma religião. Negou os Vedas, os sistemas de castas -- Brahmis, Shudras. Negou todas as estruturas de pensamento dos hindus. Ele disse: " Não sou um hindu, e não acredito em nenhuma sociedade, não acredito em nenhuma teoria. A menos que eu conheça a verdade, continuo não acreditando em nada!"
  Ele continuou negando até que chegou um momento em que ficou só, sem nenhum laço, todos absolutamente rompidos. Ele tornou-se uma ilha, absolutamente só. Sobe essa árvore Bodhi, há 25 séculos atrás, Deus veio de todos os lugares para esse homem, para essa ovelhas que tinha se extraviado. E "... mesmo estando cansado disse a ovelha: Eu te amo ainda mais do que as todas as 99." Isto foi também dito a Jesus, só pode ter sido, é uma lei básica. Deus procurou o homem, não o homem a Deus -- o homem deve apenas está pronto.
  E como deve está pronto? Tornando-se individual. Seja um revolucionário! Vá alem da sociedade, seja corajoso, quebre as correntes, todos os relacionamentos. Esteja só e viva como se fosse o centro do mundo! Então, Deus lançar-se-á em sua direção e nesse lançamento seu ego estará perdido, a ilha desaparecerá no Oceano.
  Em primeiro lugar, a sociedade deve ser abandonada, é a mecânica interior: " porque seu ego só pode existe com a sociedade." Se você continuar negando a sociedade, chegará um momento em, que o ego estará só porque a sociedade reforça o ego. Se você continuar negando, as poucos as bases será abandonada. Quando n~]ao existe o "outro", o "eu" não pode existir. No estágio final o "eu" desaparece porque o "outro" foi abandonado, para o "eu" desaparecer. Mas para abandonar o "outro", antes o "eu' tem de se tornar mais definido, mais cristalizado, centrado, belo, poderoso. Então ele é consumido -- está chegando ao Divino.
  Jesus foi crucificado por estas palavras. Ele estava fazendo as pessoas se rebelarem, estava ensinando-as a se extraviarem. Ele dizia que Deus ama aqueles que se extraviam. Os judeus não puderam tolerar isso, erá demais. "Este homem deve ser silenciado. Este homem tem de parar -- está indo longe demais, está destruindo toda a sociedade!" Jesus estava criando toda uma situação que os sacerdotes não poderiam aceitar.
  Ele estava contra toda a multidão -- e a multidão é tudo que está ao seu redor -- e ela entrou em pânico. Eles pensaram: "Este homem é inimigo, está destruindo a base. Sem a multidão, como poderemos sobreviver?...Por está ensinando as 99 ovelhas a se rebelarem, elas se amontoaram mais ainda. E se  você ensina isso, elas se vingam, elas matam o dizem: " Chega, já chega!"
  Nós vivemos numa multidão, somos partes dela. Sós não podemos existir. Não sabemos ser sós, sempre existimos com os outros. O outro é necessário, é uma necessidade. Sem o outro, que seremos? Nossa identidade se perderá.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Osho fala sobre os ensinos de Jesus

..." Jesus disse: ...Andem entre o povo, comam o que colocarem à sua frente e sanem os que estiverem doente. Pois o que entrar pela boca não profana, mas o que sair da boca, isto os maculará."


  Este proverbio é muito significativo. Não se preocupe se a comida não é pura, se um Shudha ( intocável ) o tocou ou se uma mulher menstruada passou por perto e o maculou com sua sombra. A questão não é o que entra, é o que você traz a luz -- porque o que você traz, isto mostra a sua qualidade; como você transforma o que recebe, este é o ponto.
  Um lótus nasce do lodo, o lodo é transformado e transformado em lótus. O lótus nunca diz: " Não comerei deste lodo, ele é sujo!" Não, não é bem isso. Se você é um lótus, nada é sujo. Se você tem a capacidade do lótus, tem o poder de transformar, a alquimia, então, você pode permanecer no lodo e um lótus nascerá. Mas, se você não tiver a qualidade do lótus, mesma que viva no ouro, a penas o lodo sairá de você. O que entra não importa. O que importa é estar centrado no ser. Se você estiver, tudo que entra será mudado, será transformado receberá a qualidade do seu ser e torna se-a público.
 " Certa vez Buda foi envenenado por um alimento estragado, mas isso foi um acidente. Um homem pobre ficou a muitos dias à espera de Buda para convidá-lo para ir a casa. Então, um dia ele veio, cedo, as as quatros horas da ,manhã  , e parou perto de uma árvore onde Buda estava dormindo, para ser o primeiro a convidá-lo -- e ele foi o primeiro. Buda abriu os olhos e Buda e o homem disse:
- Aceite o meu convite! Tenho esperado por muito e muitos dias. Sou um homem pobre e não tenho muito para lhe oferecer, mas há muito tempo sonho com sua visita.
 Buda disse:
- Eu irei.
 Exatamente neste momento, o Rei da cidade vizinha com suas carruagens, seus ministros e um longo séquito, aproximou-se de Buda:
- Venha! Eu o convido ao meu palácio!
 Buda disse:
- Não posso! Meus discípulos irão ao seu palácio, mas eu já aceitei um convite -- este homem chegou primeiro. No momento em que abri meus olhos, ele foi o primeiro a me convidar, assim, irei com ele.
 O Rei tentou persuadí-lo de que isso não seria bom:
- Esse homem o que ele ´pode lhe dar para comer? Seus filhos estão famintos, ele não tem nenhuma comida.
 Buda disse:
- Essa não é a questão. Ele me convidou e eu irei.
 E Buda foi.
 O que este homem tinha feito? Em Bihar e outras partes pobres da Índia, as pessoas apanham muitas coisas na estação das chuvas; tudo o que germina eles colhem. Um tipo de vegetal. o Kukarmutta ( cogumelos), com formato de guarda-chuvas, brota nesta época e eles o colhem, colocam-no para secar e guardam para o ano todo. Esse é o único vegetal que comem -- mas algumas vezes ficam envenenados.
 Assim, esse homem apanhou Kukarmutta para Buda. Ele o secou e preparou, mas quando Buda começou a comer sentiu que estava muito amargo, que estava envenenado. Esse erá o único vegetal que o homem possuía e se Buda dissesse: " Está amargo, não posso comer." O homem ficaria magoado porque não tinha mais nada para oferecer. Assim, Buda continuou comendo sem dizer que o vegetal estava amargo e envenenado. o homem ficou muito feliz. Buda foi embora e o veneno começou a funcionar. O médico foi chamado e disse;
- É um caso muito grave. O veneno entrou na circulação sanguínea e é impossível fazer algo -- Buda morrerá!
 A primeira coisa que Buda fez foi reunir seus discípulos e dizer-lhes:
- Esse homem não é comum, é um excepcional. Minha mãe foi a primeira a me almentar e ele foi o último -- ele é exatamente como minha mãe. Assim, honrem-no porque isso é raro! Um Buda acontece em milhares de anos e apenas duas pessoas têm esta rara oportunidade: a primeira é a mãe; ela auxiliou Buda a entrar no  mundo; a segunda é este homem; ele me auxiliou a entrar em um outro mundo. Por isso, ide e anunciai ao povo que esse homem deve ser venerado -- ele é grande!
 Os discípulos ficaram muito perturbados, porque tinham pensado em matar aquele homem. Quando todo mundo se foi, Ananda disse a Buda:
- Respeitar este gome é demais para nós. Ele é um assassino, ele o matou! Não diga tais coisas. Porque você a diz?
 Buda respondeu:
- Eu o conheço, você poderia mata-lo -- foi por isso que eu disse: " vá e renda-se homenagem, essa é uma rara oportunidade; acontece apenas algumas vezes no mundo: dar a Buda o último alimento."
 Buda recebeu veneno e devolve amor. Isso é alquimia: ele sentio compaixão por aquele homem que quase o matou. Ainda quando é veneno o que se dá a um Buda, apenas o amor pode surgir.







terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Dialogo entre Valmiki e um Ilumionado, e Buda e Angulimala

Valmiki era dacoit, um assassino, vivia de matar. Um instante aconteceu -- ele se iluminou.

 Um Iluminado estava passando e Valmiki, o assassino, um homem que vivia de roubar, assaltou-o. O Iluminado disse a Valmiki:
- O que você quer?
 Valmiki disse:
- Vou roubar tudo o que você tem.
 O Iluminado disse:
- Se você poder fazer isso, ficarei feliz, porque tenho algo mioto interno; roube-o e será bem vindo!
 Valmiki não entendeu, mas disse:
- Estou me referindo somente as coisas exteriores.
 O Iluminado disse:
- Mas eles não ajudarão muito. Por que você está fazendo isso?
 Valmiki respondeu:
- Pela minha família, por causa dela -- minha mãe, minha mulher, filhos -- se eu não fizer, eles morrerão de fome; e eu só sei fazer isto.
 O Iluminado disse:
-  Amarre-me em uma árvore de um modo que eu não possa escapar, e vá dizer a sua mãe, à sua esposa e a ás crianças que você está pecando por eles. Pergunte-lhes se estão prontos para compartilhar do castigo. Quando você estiver diante de Deus, quando chegar o juízo final, estarão prontos para compartilhar o castigo?
 Pela a primeira vez, Valmiki começou a pensar. Disse:
- Você deve está certo, irei perguntar a eles.
 Voltou para a casa, perguntou a sua mulher e ela respondeu:
- Porque eu deveria dividir o castigo contigo? Não fiz nada. Se você erra é responsabilidade sua.
 Sua Mãe lhe disse:
- Porque deveria compartilhar? Sou sua mãe, é seu dever me alimentar. Não sei como conseguir pão. A responsabilidade é sua.
 Ninguém estava pronto para dividir o castigo -- e Valmiki se converteu. Voltou,caiu aos pés do Iluminado e disse:
- Dê-me agora o interno, não estou interessado no externo. Deixe que eu seja um ladrão do interno. porque entendi que estou só e qualquer coisa que eu fizer, a responsabilidade será minha, ninguém irá dividí-la comigo. Nasci só e morrerei só. Tudo que fizer será minha individual, pessoal responsabilidade; ninguém irá compartilhar comigo. Agora tenho de olhar para dentro e descobrir que sou eu. Acabou! Acabei com tudo aquilo que fazia!
 Este homem foi convertido em um segundo.
A mesma coisa aconteceu com Buda: havia um homem que estava quase louco, um assassino louco. Ele fez um juramento de matar mil pessoas, não menos do que isso, porque a sociedade o tinha tratado mal. Ele se vingaria matando mil pessoas. e de cada um que matasse tiraria um dedo e faria um rosário em torno do pescoço -- mil dedos. Por causa disso seu nome passou a ser Angulimala: o homem do rosário de dedos.
 Ele matou novecentos e noventa pessoas. Sempre que as pessoas desconfiavam que Angulimala estava por perto, não passavam pela aquela região, o trafego era interrompido. Então tornou-se difícil parta ele encontrar um homem, e só mais era preciso.
 Buda aproximou-se da floresta. As pessoas vieram das vilas até ele e disseram:
- Não vá! Angulimala, o assassino louco, está lá! Ele não pensa duas vezes, simplesmente mata; portanto, não vai querer saber se você é Buda. Não vá por este caminho, existe outro. Não siga a floresta.
 Buda disse:
- Se eu não for, quem irá? Ele está esperando por Mais um; tenho que ir.
 Angulimala quase cumpriu seu juramento. Era um homem de muito energia porque lutava com toda sociedade: apenas um homem -- e havia matado quase mil pessoas. Os reis, os generais, os governadores, a lei e a polícia -- todos os temiam, ninguém conseguiriam fazer nada. Mas Buda disse:
- Ele é um homem e precisa de mim. Tenho de arriscar. Ou ele me mata ou eu o mato.
  Foi o que Buda fez. Eles se enfrentaram e arriscaram suas vidas. Buda entrou na floresta. Mesmo seus discípulos mais próximos, mesmo o que diziam os que permaneceriam com  ele até o fim, foram ficando para trás -- porque isso é perigoso.
 Quando Buda se aproximou do morro onde Angulimala estava sentado em uma pedra, não havia ninguém atrás dele, estava só. Todos os discípulos haviam desaparecidos. Angulimala olhou este homem, inocente como uma criança, achou-o tão belo que até mesmo ele, um assassino, se compadeceu. pensou: " Esse homem parece não ter consciência de que estou aqui; caso contrário não viria por este caminho". E o homem parecia tão inocente, tão belo que até Angulimala pensou: " Não é bom matar este homem. Deixarei que ele siga, encontrarei outra pessoa.
 Então, disse a Buda:
- Volte! Pare ai mesmo! Não dê mais nenhum passo. Eu sou Angulimala e tenho aqui novecentos e noventa e nove dedos; preciso apenas de um -- mataria até minha mãe, se ela passasse por aqui, para cumprir meu juramento! Portanto não se aproxime, sou perigoso! Não creio em religião, não me importo com quem você seja. Você pode ser um bom monje, talvez um santo, mas não me importa! Só importa o dedo e os eu é tão bom quanto o de qualquer outro!
 Mas Buda continuou andando.
 Angulimala pensou: Ou é este homem é surdo ou louco!
 Gritou outra vez:
- Pare! Não se mova!
 Buda disse:
- Parei há muito tempo, não estou me movendo, Angulimala, é você que esta. Parei  há muito tempo. Todo o movimento parou porque toda a motivação parou. Quando não existe motivação, como pode acontecer o movimento? Não existe nenhuma meta para mim, já atingi a minha, então para que eu irei me mover? É você quem está se movendo -- e eu lhe digo: Pare!
 Angulimala estava sentado na pedra  e começou a rir. Disse:
- Você está mesmo louco! Estou sentado e você me diz que estou me movendo; e você está se movendo e diz que parou. Você é mesmo um tolo, um louco -- ou não sei que tipo de homem você é.
 Buda aproximou-se mais e disse:
- Houvi dizer que você precisa de mais um dedo. No que diz respeito a este corpo, minha meta foi alcançada, não preciso mais dele. Quando eu morrer as pessoas irão queima-lo, não será útil para ninguém. Você pode usa-lo para cumprir seu juramento: corte o meu dedo e corte a minha cabeça. Vim disposto a aproveitar esta chance de meu corpo ser usado de alguma maneira; caso contrário irão queima-lo!
 Angulimala disse:
- O que você está dizendo? Pensei que você fosse o único louco por aqui. Não tente ser esperto porque eu sou perigoso, posso matar você!
 Buda disse:
- Antes de me matar, faça uma coisa, atenda um desejo de um moribundo: corte um galho desta árvore.
 Angulimala bateu sua espada contra a árvore e cortou o galho. Buda disse:
 Só mai uma coisa: junte-o outra vez á árvore.
 Angulimala disse:
- Agora sei perfeitamente que você está louco -- posso cortar mas não posso juntar.
  Então Buda começou a rir e disse:
- Se você pode destruir e não pode criar não deveria destruir porque isso pode ser feito por uma criança, não existe grandeza nisto. Esse galho pode ser cortado por uma criança, mas junta-lo é preciso um mestre. Se você nem mesmo pode juntar um galho de à árvore, como pode cortar a cabeça humana? Você alguma vez já pensou nisso?
 Angulimala fechou os olhos e caio ao pés de Buda, dizendo:
- Leve-me por este caminho!
  Dizem que neste momento ele se tornou iluminado.
 No dia seguinte ele erá um bhikku, um mendigo, um mendigo de buda e mendigava pela a cidade. Toda a cidade se fechou. As pessoas tinham tanto medo que diziam:
- Mesmo que ele tenha se tornado um mendigo, não se pode acreditar nele.
 As pessoas não saiam as ruas. Quando Angulimala foi mendigar, não havia ninguém para lhe dar comida. Quem correria tal risco? As pessoas ficaram na sacada olhando para baixo. E então começaram a atirar pedras nele porque havia matado novecentos e noventa e nove pessoas do lugar. quase toda a família tinham sido vitimadas e, por isso, começaram a apedreja-lo.
 Angulimala caio na rua e o sangue escorreu de todo os eu corpo, ficou muito ferido. Buda aproximou-se com seu discípulos e disse:
- Angulimala como você está se sentindo?
 Ele respondeu:
- Estou grato a você. Eles podem matar meu corpo, mas não podem me tocar -- e foi isso o que eu fis durante toda a minha vida sem nunca perceber.
 Buda disse:
- Angulimala se iluminou, tornou-se um brahmin, um conhecedor de Brahma ( a Realidade Última)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A palavra solitário

  '... 0 pai contra o filho e o filho contra o pai. E ambos permanecerão solitários".


  Esta palavra "solitário" deve ser muito bem entendida. Quando alguém se torna religioso, torna-se um solitário. A sociedade já não existe; ele está só. E aceitar a solidão é uma grande transformação que pode lhe acontecer porque a mente tem medo de estar só, a mente precisa de outras pessoas para se agarrar, para se prender.
  Sozinho, você sente um temor, um medo começa a tomar conta de você; estando só, imediatamente você corre para a sociedade -- ao clube, à conferência, à ceita, à igreja: para qualquer lugar onde encontre a multidão, onde possa sentir que não está só, onde possa se perder na multidão. É por isso que a multidão se torna tão importante: ir à corrida de cavalo,ir ao cinema -- a qualquer lugar onde haja multidão para que você não sinta solitário, para que você possa relaxar.
  Entretanto, um homem religioso é um solitário porque está tentando alcançar o pico mais alto. Ele não se perde nas outras pessoas. Tende de  recordar-se, tornar-se mais cuidadoso, tornar-se mais consciente e alerta -- e tem de aceitar a verdade. E a verdade é está: todos são sós e não existe nenhuma possibilidade de qualquer relacionamento. Sua consciência é um pico solitário e está é a beleza; não há nada a temer. Imagine o Everest no meio de uma multidão de Everest -- toda a sua beleza estaria perdida O Everest é belo e desafiador porque é único, porque é um pico solitário. Um homem religioso é como o Everest: um pico solitário, único, que vive e desfruta disso.
  Isso não significa que ele não se movimente na sociedade. Não significa que ele não ame. Pelo  contrário, só então ele pode amar, só então ele pode se movimentar na sociedade porque só então ele é. Você não é -- então, como pode amar? O religiosos pode amar porque seu amor não é como uma droga que entorpece. Ele não perde. Pode distribuir, pode dar-se completamente e mesmo assim permanecer íntegro. Ele pode dar-se e ainda assim não está perdido porque sua consciência permanece no pico mais interno. E ai, nesse santuário, ele permanece só; ninguém entra, ninguém pode entrar ai.
  No mais profundo centro do seu ser, você é só -- existe a pureza da solidão -- a beleza da solidão.
  Mas você senti medo. Por ter vivido na sociedade -- por ter nascido nela, por se trazido para ela -- esqueceu-se completamente de que também pode ser só. Assim, mover-se alguns dias para dentro da solidão, simplesmente sentir sua solidão, é belo. Depois vá ao mercado, mas leve sua solidão com você. Não se perca, permaneça consciente, alerta.
  Movimente-se na sociedade, caminhe no meio da multidão. Mas esteja só. Se quiser, poderá estar só no meio de uma grande  multidão. Mas se quiser, também poderá estar só no meio de uma grande multidão mesmo estando só. Poderá ir para o Himalaia, ficar lá sentado, e pensar no mercado -- você estará no meio da multidão.
  Certa vez Junnaid veio sozinho procurar por um Mestre que se encontrava sentado em um templo. Ao entrar no templo, o Mestre disse:
- Junnaid, venha só! Não traga a multidão com você.
  Junnaid é claro, olhou para trás porque achou que devia ter mais alguém junto com ele. Mas não havia ninguém. O Mestre riu e disse:
- Não olhe parta trás, olhe para dentro.
  Junnaid fechou os olhos e vil que o Mestre estava certo. Ele havia deixado sua esposa, mas sua mente estava presa nela; havia deixado seus filhos, mais a imagem deles ainda estava presente; e os amigo que tinham vindo despedir-se dele ainda permaneciam em sua mente. O Mestre lhe disse:
- Saia e volte só. Como é que eu posso conversar com toda essa multidão?
  Junnaid teve que esperar fora do templo durante um ano. O Mestre o chamou:
- Agora você está pronto, Junnaid. Entre. Agora você está só e o diálogo é possível.