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Caros amigos visitantes e seguidores deste blog que trás até aos nossos corações luz e compreenção sobre a vida. É com o coração aberto de alegria que me apresento sou Bodichita Ananda, sou com imensa alegria um Sannyasim de Bhagwan Osho, estou na luta pelo reencontro comigo e meus potências internos como assim dizia Osho, atrávez de seus ensinamentos e verdades. Quem desejar entra em contatos para cursos e palestras este é meu e-mail pessoal: energy.yoga@hotmail.com recebam as benção de nosso amado Osho... Jai osho!

domingo, 2 de setembro de 2012

Torne-se um Bambu Oco

 A meditação é uma maneira de a um acordo com a própria solidão, ter um encontro com a própria solidão -  em vez de fugir dela, mergulhar fundo nela e perceber exatamente como ela é. Então você terá uma surpresa. Se você penetrar na sua solidão, ficará surpreso: no próprio centro dela, ela não é solidão. Aí reside a solitude, que é um fenômeno totalmente diferente.
 A circunferência consiste na solidão, e o centro consiste na solitude, a circunferência consiste em estar solitário e o centro consiste na solitude. E depois de conhecer sua bela solitude, você será uma pessoa totalmente diferente - você nunca se sentirá solitário. Até mesmo mesmo nas montanhas ou no desertos, onde estará absolutamente sozinho, você não se sentirá solitário - porque em sua solitude, você sabe que Deus está com você; em sua solitude, você está tão profundamente enraizado no divino que não se importa se há ou não outras pessoas com você. você está tão repleto, tão rico por dentro...
 No momento, mesmo na solitude você está solitário. E estou dizendo: se você conhecer sua solitude, até mesmo na solidão não estará solitário.
 Então, a pessoa começa a transbordar como uma fonte. A partir dessa solitude, surge a fragrãncia do amor, e a partir desta solitude, surge a criatividade - porque a partir desta solitude, Deus começa a fluir. Você se torna um bambu oco...Ele começa a cantar, mas  canção sempre é dele.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Você não é aquilo que vivencia

  É importante lembrar que, não importa o que venha a encontrar em sua jornada interior, você não será isso.
  Você é aquele que esta testemunhando - mesmo que não seja nada, que seja a felicidade ou silêncio -, mas não pode se esquecer de uma coisa: por mais linda e encantadora que seja a sua experiência, você não é aquilo.
  Você é aquele que está tendo a vivência e, se continuar seguindo a diante, o ponto final da viagen será o ponto em que não restará nenhuma sensação - nem o silêncio, nem a felicidade, nem nada. Não há outro objeto se não sua subjetividade.
  O espelho está branco. Não está refletindo nada. Ele é você.
  Até mesmo os grandes viajantes do mundo interior se deixaram prender por belas sensações e se identificaram com elas, pensando: "Eu me encontrei". Pararam antes de alcançar a etapa final, em que todas as sensações desaparecem.
  A iluminação não é uma sensação. É o estado no qual você fica absolutamente só, sem nada para conhecer ou saber. Não há outro objeto a ser observado, por mais bonito que seja. Apenas nesses momentos a sua consciência, livre de qualquer objeto, se volta para fonte.
 Tornar-se a realização pessoal. Tornar-se a iluminação
 É preciso falar sobre a palavra "objeto". Todo objeto representa um obstáculo. O próprio significado da palavra é obstáculo, objeção.
 O objeto pode estar fora de você, no mundo material, ou pode estar dentro, no seu mundo psicologico. Os objetos podem estar em seu coração, podem ser sentimentos, emoções, sensações, humores, e podem estar até mesmo em seu mundo espiritual. Pode provocar tamanho êxtase que não seja possível imaginar algo maior. Muitos místicos do mundo pararam neste êxtase. É um lugar bonito, um belo cenário, mas eles ainda não haviam chegado a onde deveriam.
 Quando você chega a um ponto em que todas as sensações estão ausentes, em que não há nenhum objeto, então a consciência desobstruída gira em círculos - na existência, quando não há obstáculos, tudo se move em círculos - ela vem da mesma fonte do seu ser, retorna a ela. Não encontrando nenhum obstáculo, ela se move para trás.
 Foi o que disse J. Krishnamurti disse durante sua vida inteira: quando o observador se torna o observado, deve saber que chegou lá. Antes disso há milhares de coisas no caminho. O corpo produz as próprias sensações, que ficaram conhecidas como as sensações dos centros da Kundalini: 7 centros que  se tornam 7 flores de lótus. Cada centro é maior que o outro e mais alto, e a fragrância é embriagante. A mente te dar espaços grandes, ilimitados, infinitos, mas lembre-se da máxima fundamental: isso ainda não é seu lar.
 Aprecie a viagem e todas as cenas que surgirem ao longo do  caminho - as árvores, as montanhas, as flores, os rios, o sol, a lua e as estrelas -, mas não pare em lugar nenhum enquanto sua própria subjetividade não houver se tornado o objeto de si mesmo. Quando o observador é observado, quando o conhecedor é conhecido, quando o vidente for o visto, você terá chegado em casa.
 Essa casa é o verdadeiro templo pelo qual temos procurado em vidas seguidas, mas do qual nos perdemos, pois nos satisfazemos com experiências bonitas.
 Aquele que procura e que tem coragem precisa deixar para trás toda essas experiências bonitas e seguir em frente. Quando todas as experiências se  esgotam e apenas você permanece, em sua solidão, não há êxtase maior, felicidade mais completa ou verdade mais verdadeira. Você terá chegado ao que chamo de "estado do divino", terá se tornado um Deus.



terça-feira, 7 de agosto de 2012

Amor, a fragrãncia da meditação

   Se começar a meditar, cedo ou tarde você descobrirar o amor. Se começar profundamente, cedo ou tarde começará a sentir surgir um enorme amor, um amor que  nunca sentiu antes - uma nova virtude para seu ser, uma nova porta aberta. Você terá se tornado uma chama e desejará compartilhar.
   Se amar profundamente, logo se dará conta de que seu amor está ficando cada vez mais contemplativo. O silêncio passa a ser uma característica sutil dentro do seu ser. Os pensamentos desaparecem e dão lugar aos intervalos...silêncios! Você começa a tocar as suas profundezas.
  O amor o tornará comtemplativo se estiver bem caminhado. A meditação o tornará amoroso se estiver bem caminhado.
  Desejamos um amor que nasça da meditação, não da mente. Esse amor é de que sempre falo.
  Milhões de casais em todo o mundo vivem como se o amor estivesse sempre presente. Eles vivem em um mundo de faz de conta. É claro que não podem ser felizes, pois drenam toda a energia tentando extrair algo de um falso amor que não pode lhes dar aquilo que querem. Daí a frustração, tédio contínuo, o frequente mal-estar, a briga entre os amantes. Ambos insistem em fazer de seu relacionamento algo que seja eterno, o que não é possível. Esse amor veio da mente e a mente não pode lhe dar nenhum vislumbre eterno.
  Primeiro entre em meditação, porque o amor vem da meditação -  o amor é a fragrância da meditação. A meditação é a flor, o lótus de mil pétalas. Deixe-a desabrochar.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Carismos irmãos e amigos que seguem estas palavras de luz do mestrte Osho, estarei retomando nossos textos com novidades apartido do mês de Agosto. Um forte abraço!

                   Jai Osho!

sábado, 12 de maio de 2012

Historia do Ebrahim


 
                                 
Qual quer coisa que você obtenha deste mundo lhe será arrancado. Você já observou o fato de que na realidade, não pode possuir nada neste mundo? Você simplesmente pensa que possui - mas tudo já estava  aqui antes de você chegar, era propriedade de outra pessoa. Logo você não estará mas aqui, mas as coisas 
estarão, e alguém possuirá. Sua possessão é apenas um sonho: algumas vezes, está aqui, outras não está

HISTÓRIA

Isto aconteceu: havia um rei chamado Ebrahim. Uma noite ele ouviu um barulho em seu telhado, alguém estava caminhando por lá. Então ele peguntou:
- Quem está aí?
O homem respondeu:
- Não me incomode. Meu camelo se perdeu e estou procurando por ele. Seu camelo estava perdido no telhado do palácio!
Ebrahim riu e disse: 
- Seu louco! Desça daí! Camelos nunca se perderam no telhado dos palácios. Vá pra casa!

Mas dai ele pôde dormir porque era um homem de contemplação. Ele pensou:
- Talvez o homem não esteja louco, talvez tenha dito alguma coisa simbolicamente; talvez seja um grande místico, porque a voz era tão especial ao dizer "Não me incomode", havia tanta consolação e silêncio nela. A voz era tão musical e harmônica que não poderia vir d um louco. E  ao dizer "Meu camelo se perdeu e estou procurando por ele", a voz era tão penetrante, parecia estar querendo indicar alguma coisa. Esse homem tem de ser encontrado amanhã! Quero ver quem é - se é doido ou se é um louco de DEUS; se estava no telhado apenas por loucura ou se foi enviado particularmente a mim, para me dar alguma mensagem.

O Rei não pôde dormir a noite toda. Pela manhã enviou seu cortesões para encontrar um homem que possuía aquele determinado tipo de voz. Mas toda a capital foi vasculhada e o homem não pôde ser encontrado. Como é possível encontrar um homem apenas pelo seu timbre de voz? É difícil!

Então, justamente ao meio-dia, houve uma grande precipitação no portão do palácio. Um faquir, um mendigo havia aparecido e dito ao porteiro:
- Deixe-me entrar. Quero ficar alguns dias neste sarai, nesta hospedaria.
O porteiro disse:
- Isto aqui não é uma hospedaria, não é um sarai - é o palácio do Rei, sua própria residência!
Mas o faqui disse: 
- Não! Sei muito bem que isso é uma hospedaria: os viajantes vêm, ficam por algum tem e se vão. Ninguém reside aqui. Deixe-me entrar; falarei com o Rei. Ele parece um homem bem tolo.

Isto chegou aos ouvidos do Rei que mandou entrar. O Rei estava furioso e disse:
- O que está acontecendo?
O homem disse:
- Ouça! Eu vim aqui há algum tempo e outra pessoa estava sentada no trono. Ele era um homem tão tolo quanto você porque pensava que esta era a residência dele. Agora você esta pensando a mesmo coisa, está pensando que esta residência é sua!

O Rei disse;
- Não seja estúpido! E não se comporte de um modo tão incivilizado - ele era meu pai e agora está morto.
O faquir disse:
- E eu lhe digo que virei novamente e não o encontrarei aqui. Alguma pessoa estará em seu lugar. Será o seu filho e me dirá: Esta é a minha residência! Que tipo de residência é esta? Onde as pessoas vêm e vão - eu chamo de hospedaria para viajantes.

A voz é reconhecida! O Rei disse:
Então você é o louco que estava procurando pelo camelo no telhado!

O faquir disse:
- Sim, eu sou o louco e você também o é: quando alguém está a sí mesmo na riqueza, está procurando por um camelo no telhado!

O Rei desceu de seu trono e disse ao faquir:
- Você pode ficar neste sarai, mas eu tenho que ir. Eu estava aqui porque pensava que era uma residência, que era um lar. Se não é um lar, então preciso procurar por um, antes que seja muito tarde!

Ebrahim tornou-se um mistico por seu próprio direito. E quando tornou-se um homem conhecido, transformou-se num homem realizado, resolveu do lado de fora da capital - da sua própria capital. Uma vez que esta tinha sido sua propriedade, mas agora era apenas um sarai , ele ficava do lado de fora.

Quando alguém passava e perguntava:
- Onde é o basti? 
Basti significa cidade: mas a palavra é muito bonita, significa onde o povo reside - Ebrahim lhes mostrava o cemitério. Ele dizia:
- Vá pela direita e encontrará o basti onde as pessoas residem.

As pessoas iam. Quando voltava, depois de algum tempo, estavam furiosas e diziam:
- Que tipo de homem você é? Nós perguntamos sobre a basti , a cidade , o lugar onde as pessoas moram - e você nos mandou para o cemitério!

Ebrahim ria e dizia:
- Então nós usamos termos diferentes para designar as coisas - porque é no cemitério que a gente entra e mora para sempre. Ele é o verdadeiro basti, a residência permanente onde suas roupas nunca mudam porque você está la para sempre e sempre. Neste caso, você não está perguntando pelo verdadeiro basti, está perguntando por esta cidade que é um cemitério, onde as pessoas estão enfileiradas apenas para morrer.

Chegou a vez de alguém hoje, a de outra amanhã, a de outra mais depois de amanhã - mas todos estão esperando apenas para morrer! E você chama isto de basti? Você chama isto de lugar onde as pessoas residem? Eu chamo isto de marghat, cemitério, onde as pessoas estão esperando simplesmente para morrer, onde nada existe, exceto a morte.














          








                          

terça-feira, 1 de maio de 2012

Meditar significa fecha os olhos, não olhar para o reflexo



O ponto a ser entendido é por que acumulamos coisas. Deve haver uma profunda razão porque a verdade é tão clara e mesmo assim continuamos. Ninguém ouve Buda ou Jesus e mesmo quando ouve, quando sente que os compreende, nunca os segue. Assim, Buda e Jesus são negligenciados e você continua em seu caminho. Algumas vezes, a duvida surge, mas isso é tudo ; novamente você se acomoda e segue seu próprio          caminho. Deve haver algo muito enraizado que mesmo Buda e Jesus não possa sacudir, não possa arrancar. O que é isso que esta tão enraizado?

Nós existimos aos olhos dos outros: nossa identidade consiste na opinião dos outros: os olhos dos outros são o espelho, olhamos para a nossa face nos olhos dos outros. Este é o obstaculo, o problema- por que os outros não podem ver o seu ser interno. O seu ser interno não pode ser refletido em nenhum espelho, seja ele qual for. Apenas o seu exterior pode ser refletido; os reflexos são apenas do exterior, do físico. Mesmo que você fique diante de um espelho, apenas a sua parte física poderá ser refletida. Nenhum olho poderá refletir a sua parte interior.

Então, os olhos dos outros refletem sua riqueza, suas façanhas no mundo, suas roupas; eles não podem refleti-lo. E quando você vê que os outros pensam que é pobre- isso significa que não tem boas roupas, uma boa casa, um bom carro- você começa a dirigir coisas. Você acumula apenas para ver sua riqueza nos olhos  dos outros. Então os olhos dos outros começam a refletir que você esta enriquecendo cada vez mais, que ganhando poder e prestigio. Sua identidade consiste em reflexos, mas os outros só podem refletir os objetos-não podem refleti-los.Por causa disso, a meditação é muito, muito necessária.

Seja o que for que esses olhos reflitam, eles o impressionam.Se todo o mundo disser que você é um homem bom, começará a sentir-se bom. Se todo o mundo pensar que você é um homem mau, começará a sentir-se mau. Se todo o mundo disser que esta doente, começará a sentir que esta doente.Sua identidade depende dos outros, é uma hipnose através dos outros. Entre na solidão -- viva com outros mas não esgote a si mesmo com os outros.

Fique com os olhos fechados pelo menos uma hora por dia. Fechar os olhos significa estar  fechado para o social; quando nenhuma sociedade existe, apenas você pode encarar a si mesmo diretamente. Uma vez por ano vá por alguns dias para as montanhas, para o deserto, para onde não houver ninguém, exceto você e veja a si mesmo com é. Essa hipnose é a razão pela qual você continua influenciando os outros, impressionando os outros. O essencial não é viver ricamente, o essencial é dar impressão aos outros de que você é rico - mas estas são duas coisas completamente diferentes.

Os outros ficam impressionados com você. Se você encontrar Alexandre com roupas de mendigo, não o reconhecerá, mas se encontrar o mendigo que sempre esteve pedindo esmolas em ruas sentado em um trono como Alexandre, cairá a seus pés e o reconhecerá .

HISTÓRIA

Certa vez, um grande poeta Urdu Ghalib, foi convidado pelo imperador para jantar. Muitas ouras pessoas foram convidadas, quase quinhentas. Ghalib era um homem pobre, é muito difícil um poeta ser rico -- rico aos olhos dos outros.
Os amigos sugeriram:
- Ghalib, é melhor você pedir roupas, sapatos e um bom guarda-chuva emprestados. O seu guada-chuva  esta tão estregados, o seu casaco desbotado. E com essas roupas e esses sapatos com tantos buracos você não terá uma boa aparência !
Mas Ghalib disse:
- Se eu pedir alguma coisa emprestada, me sentirei desconfortável por dentro porque nunca pedi nada emprestado a ninguém - tenho sido independente , tenho vivido por meus próprios recursos. Quebrar um hábito de toda a minha  vida apenas por um jantar não é bom.
Assim ele foi para a corte do Imperador com suas próprias roupas. Quando apresentou seu convite ao porteiro, o homem olhou para ele, riu e disse:
- De onde você roubou isso ? Vá embora daqui imediatamente. Senão você será preso !
Ghalib não podia acreditar. Ele disse:
- Eu foi convidado !Vá perguntar ao Imperador !
O porteiro disse:
- Todos os mendigos pensam que foram convidados ! Você não é o primeiro, muitos outros vieram bater na porta antes. Fuja daqui ! Não fique aqui porque  os guardas logo estarão chegando !
Assim, Ghalib foi embora. Seus amigos sabiam que isso iria acontecer, por isso tinham arrumado um casaco, sapatos, e um guada-chuva para ele - coisas emprestadadas. Então ele colocou os objetos emprestados e voltou. O porteiro inclinou-se e disse:
- Entre
Ghlib era um poeta muito conhecido e o  Imperador amava sua poesia, então ele foi colocado justamente ao lado do imperador. Quando o banquete começou, Ghalib fez uma coisa estranha  e o Imperador pensou que ele estivesse louco - começou a alimentar o casaco dizendo:
- Coma isto, meu casaco, afinal foi você que entrou não eu.
O Imperador disse:
- O que você esta fazendo Ghalib? Ficou maloco?
 Ghalib disse:
- Não - quando eu vim pela primeira vez não me deixaram entrar. Depois, este casaco vei e entrou - só estou aqui por que ele não podia vir sozinho - se fosse ele, eu não poderia ter vindo !

Mas isso esta acontecendo em todo o mundo - não é você mas o seu casaco que é reconhecido pelos outros; assim, você fica enfeitando-o, fica colocando adornos em si mesmo.

A meditação é necessária para que haja um rompimento entre você e os olhos dos outros, os espelho dos outros. Esqueça-os ! Por alguns minutos, olhe apenas para dentro - e sentirá uma dor, um sofrimento interno por esta vazio. Neste momento, a transformação terá inicio: você começará a olhar para riqueza interior,  para o tesouro que existe dentro de você - não para os tesouros que se dispersam ao seu redor.
 


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Dalógo entre Osho e Satya Priya

 Satya Ppriya ( uma jovem mulher americana) Estive no Nepal por 2 meses. Quando sai daqui após o dia da iluminação, senti-me aberta e muito bem. Então, essa energia transformou-se e eu me senti muito medrosa, muito paranóica. Ainda estou sentindo medo das pessoas, medo de estar perto delas.


  Pode acontecer algumas vezes de, ao se sentir repentinamente aberta, você começa a sentir o medo chagando. Abertura é vulnerabilidade. Quando você esta aberta, senti que algo errado pode penetrá-la ao mesmo tempo. Isto não é apenas um sentimento, é uma possibilidade.
 É por isso que as pessoas são fechadas. Quando você abre a porta para o amigo, o inimigo também pode entrar. As pessoas muito espertas fecharam suas portas.. Para evitar o inimigo, elas não abrem a porta nem para os amigos. Mas então suas vidas tornam-se mortas.
 Oque é o inimigo? Você disse que o inimigo também pode entrar?
 É apenas uma ideia, uma ideia de que algo errado pode entrar em você. Não existe nada que  possa acontecer, porque basicamente não temos nada a perder -- e o que temos não pode ser perdido. O que pode ser perdido não vale a pena guardar. Quando esta compreensão torna-se tácita, a pessoa permanece aberta.
 Deixe que o vento entre, deixe que o sol entre -- e tudo é bem vindo. Quando você se sentir harmoniosa para viver com o coração aberto, nunca mais se fechará. Mas um pequeno tempo deve ser dado para que isso aconteça. Você foi embora imediatamente após o dia da iluminação, portanto deve ter se sentido muito aberta. Isto pode acontecer nesses dias. É por isto que insisto para que as pessoas fiquem aqui nesta época. Você pode entrar na onda e alguma coisa se abrir. Mas então você precisa manter esta abertura, do contrário se fechará novamente.
 Apenas o medo deve ser temido, e mais nada.. E as pessoas não têm medo do medo; elas têm medo de mil e uma coisa. Mas o medo é o único inimigo, porque com o medo você começa a ficar aleijado. Você para de se mover, de se expandir, de se conectar, de se relacionar, por causa do medo.
 Você não ama as pessoas porque, porque isto será um compromisso, um envolvimento, então você se mantém á parte, permanece distante -- nunca vai para dentro de modo que você nunca possa sair. Se você não permitir que alguém toque seu coração, como será capaz de tocar o coração de alguém? Assim as pessoas conservam-se protegidas, na defensivas. (...)
  Portanto, durante algum tempo permaneça alerta. Quando você se sentir aberta, tente desfrutar disso. Esses momentos são raros. Quando a experiência existir sólidas em suas mãos, você poderá abandonar o medo. Poderá dizer que ele é absurdo.
 Pense numa árvore. Você pode trazer a árvore para dentro de casa e, de um certo modo, ela estará protegida, o vento não soprará tão fortemente sobre ela. Quando as tempestetades estiverem tão furiosas lá fora, ela estará fora de perigo. Mas não haverá nenhum desafio. Você poderá colocar a árvore numa estufa, mas pouco a pouca ela começará a se tornar pálida, não será verde. Alguma coisa no seu interior  começará a morrer -- porque o desafio da forma a vida. (...)
 A alma só surge  através do combate.
 Quando as coisas são muito fáceis, você começa a se dispersar. Pouco a pouco, você se desintegra, porque a integração deixa de ser necessária. Você se torna igual a uma criança mimada. Portanto quando isso acontecer, viva corajosamente. E estou aqui.
 Esse é o único motivo de eu estar aqui -- para ajuda-la a ser corajosa, para inspira-la nos momentos em que, se estivesse sozinha, se fecharia; para empurra-la em direções nas quais voluntariamente você não iria...para empurra-la além de si mesma e ajuda-la a expandir seus limites a fim de que, pouco a pouco, comece a acalentar a liberdade. Então, um dia virá no qual você abandonará todos os limites e simplesmente se moverá no céu aberto.